Notícia - CASAL CRIA FOOD TRUCK DE COMIDA SAUDÁVEL, FAZ SUCESSO, ABRE RESTAURANTES E FATURA R$ 6 MILHÕES
 Pequenas Empresas & Grandes Negócio Publicou uma notícia no dia:26/11/18 11:22:58

CASAL CRIA FOOD TRUCK DE COMIDA SAUDÁVEL, FAZ SUCESSO, ABRE RESTAURANTES E FATURA R$ 6 MILHÕES


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Não faz muito tempo que a onda dos food trucks explodiu pelo país. À época, não faltaram empreendedoresinvestindo no formato em busca de sucesso e alto faturamento. Como muitos negócios da “moda”, diversos empresários apostaram suas fichas neste mercado.

Deu tão certo que o truck se tornou uma rede de restaurantes espalhada pelo país. Com seis lojas – três unidades próprias e três franquias –, devem fechar 2018 com um faturamento de R$ 6,3 milhões.O casal de cariocas Abner Lopes Cabral, 30, e Manoela Cabral, 29, não fez diferente. Em 2014, fundou o food truck Casa Graviola, especializado em servir comidas saudáveis, com ingredientes orgânicos.

Abner e Manoela investiram em comida saudável e negócio deu certo (Foto: Divulgação)

Mas nem sempre foi assim. Lopes e Manoela trabalharam duro para chegar nesse patamar. O carioca, inclusive, quase viu a paixão de cozinhar, criada ainda na infância, ser perdida durante sua carreira militar. Mas não desistiu. Enquanto trabalhava como oficial do exército de Brasília, onde passou quatro anos, não deixou de estudar. Formou-se em gastronomia durante o período que morou na capital do país.

Dedicado a trabalhar com o que amava, largou tudo para voltar ao Rio de Janeiro. Por um ano, ele e a esposa Manoela, designer e executiva de uma marca de moda carioca, ofereceram jantares para amigos e parentes a fim de testar se os dois gostavam de trabalhar na área. E gostaram.

Unidade da Casa Graviola, no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

Aproveitando a onda dos food trucks no Brasil, embarcaram e inauguraram o truck da Casa Graviola no Rio de Janeiro. Lopes diz que o negócio do casal foi um dos primeiros na cidade. Por um ano e meio, “surfaram a onda”. A van dos dois vendia lasanha de vegetais, espaguete de palmito, hambúrguer de grão de bico e mais alguns pratos saudáveis, feitos com ingredientes orgânicos.

O sucesso foi tanto que em 2016 o casal decidiu dar um passo mais ousado. Pesquisaram alguns pontos e abriram a primeira loja física da Casa Graviola em dezembro. Segundo o empresário, a transição não foi fácil. “A gente apanhou bastante, mas aprendeu e deu certo”, diz.

Tilápia com purê de banana da terra, da Casa Graviola (Foto: Divulgação)

A experiência no truck foi importante nesse processo. Um exemplo que o empresário dá é o de trabalhar com o mesmo ingrediente em diversos pratos, ação que facilitava a operação da van e diminuía os custos do ponto fixo. Hoje, a empresa conta com um ticket-médio de R$ 62. Seu carro-chefe é a tilápia com purê de banana da terra e farofa de castanha, que sai por R$ 53.

A resposta da primeira loja foi tão positiva que cinco meses depois o casal inaugurou sua segunda unidade. Em 2017, veio a terceira loja própria e a formatação de franquias. Para Lopes, a ideia desde o início era ter um modelo de negócio fácil de reproduzir.

Mix de quinoas com manga, cebola roxa e atum marinado servido no restaurante (Foto: Divulgação)

O que dificulta o processo, entretanto, é trabalhar com fornecedores de ingredientes orgânicos. Segundo o empreendedor, acompanhar o crescimento do mercado de comidas saudáveis foi importante para a expansão da empresa. “Antigamente, encontrávamos fornecedores somente no Sul ou Sudeste. Hoje temos em todo o país.”

Food truck onde a Casa Graviola nasceu (Foto: Divulgação)

Desde a formatação, a empresa abriu duas unidades franqueadas, uma no Rio de Janeiro e outra em Vitória, Espírito Santo. Até o início do ano que vem a Casa Graviola deve inaugurar sua primeira unidade em São Paulo. “Uma certeza que a gente tem é que não há intenção de expandir desenfreadamente, saturar o mercado e perder qualidade. Queremos crescer organicamente, como foi até agora.”

Mesmo assim, as expectativas são altas. O objetivo é fechar 2019 com um faturamento de R$ 20 milhões. O casal, inclusive, não descarta a possibilidade de retornar com os food trucks. “Quem sabe não pensamos em um modelo desse tipo. Pode ser que no futuro seja uma alternativa interessante.”