Notícia - REGISTRAR MEMÓRIAS FAMILIARES EM LIVROS VIROU NEGÓCIO PARA ESSE ESCRITOR
 Pequenas Empresas & Grandes Negócio Publicou uma notícia no dia:30/11/18 11:36:48

REGISTRAR MEMÓRIAS FAMILIARES EM LIVROS VIROU NEGÓCIO PARA ESSE ESCRITOR


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Quem não tem um pai, um avô ou uma tia animada que adora contar “causos” durante os almoços de família? Foi para resgatar histórias da vida privada que o jornalista e escritor carioca André Viana, 43 anos, criou a editora Jerimum Biográfico, focada em biografias de família. Os volumes lançados pela JB não vão parar nas prateleiras das livrarias — em vez disso, são feitos sob encomenda e compartilhados apenas entre parentes próximos.

“A família me pediu para reunir as histórias que o patriarca contava nos almoços de domingo, para passar aos netos e bisnetos”, diz. Foram meses de entrevistas, que resultaram no primeiro livro nesse formato. “Percebi que tinha adorado fazer o trabalho. A partir dali, não parei mais.”A ideia surgiu em 2011, quando Viana, autor do livro O Doente (Cosac Naify), foi convidado a escrever a biografia de um empresário gaúcho, à época com 90 anos.

O tempo dedicado a cada livro varia de acordo com a complexidade da história e o volume de entrevistas. “Um projeto pode levar de quatro meses a dois anos”, diz o autor. A encomenda mais complexa que já recebeu foi uma série de cinco volumes retratando diferentes gerações de uma família italiana — foram mais de 50 entrevistados.

O valor também oscila — pode custar de R$ 10 mil (para editar um material já escrito por alguém da família) a R$ 100 mil ou mais. O trabalho, em geral, consiste em pesquisa, inclusive a iconográfica (fotos, documentos, cartas), entrevistas, texto, projeto gráfico e acompanhamento da impressão. O orçamento gráfico é cobrado à parte.

No momento, Viana tem quatro livros em andamento. A divulgação não é simples, uma vez que a maioria dos contratantes pede discrição — muitos clientes vêm do boca a boca, ou do site do escritor. “Não tenho grandes ambições. Quero apenas produzir mais livros, em um espaço físico maior, e trabalhar com gente legal. E, com o tempo, quero tornar os projetos multimídia”, afirma.