CONHEÇA A HISTÓRIA DE UM DOS MAIORES CLUBES DE ESPORTS DO PAÍS
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Estádios lotados, rivalidade entre torcidas e atletas com salários milionários. A popularidade crescente dos eSports faz com que esse setor se pareça cada vez mais com o mercado de esportes profissionais.
De acordo com a Newzoo, consultoria especializada em negócios de entretenimento virtual, as competições de games online movimentaram mais de US$ 665 milhões em 2017. Nos últimos dois anos, a evolução do setor foi impulsionada pelas batalhas entre players famosos em grandes arenas, durante competições como League of Legends (LoL), Dota e Counter-Strike.
Com um público formado por mais de 145 milhões de jogadores e espectadores, o mercado global de eSports gerou oportunidades de negócios que vão da gestão de times à construção de arenas digitais.
A organização de grandes eventos e a transmissão de partidas em tempo real também estão entre os modelos explorados pelos empreendedores do segmento. “Já existem investidores de outros setores começando a demonstrar interesse nos eSports”, diz Carlos Fonseca, presidente da Associação Brasileira de Clubes de e-Sports (ABCDE).
No Brasil, a força do setor pode ser comprovada pelo aumento do contingente de fãs do gênero. Somente no circuito de LoL, título mais popular no país, o mercado nacional reúne cerca de 10 milhões de jogadores e 3 milhões de espectadores. A adesão do público aos games levou à formação de um calendário composto por nove grandes competições anuais. A principal delas é o Campeonato Brasileiro de League of Legends.
Em sua última edição, realizada no Estádio do Mineirinho (MG), a final do CBLoL atraiu uma audiência de mais de 2,6 milhões de pessoas. “A expectativa é que o público siga aumentando exponencialmente”, afirma Fonseca.
Cartolas digitais
Fundado em 2014 pelos sócios Rogério Rodrigues, 33, e Lucas Almeida, 33, o INTZ e-Sports Club se consolidou como um dos maiores clubes de LoL do Brasil. Com uma equipe formada por 60 jogadores, a empresa tem uma operação similar a um time de futebol, incluindo centros de treinamento, refeitório e academia.
As principais fontes de receita vêm das transações de passes, licenciamentos, patrocínios e vendas de unifromes. Este ano, os fundadores inauguraram uma gaming house de 1000 m² em São Paulo. "Nossos contratos são iguais aos de um time de futebol. A única diferença é que os atletas ganham mouses e teclados no lugar de bolas e chuteiras", diz Almeida.