Notícia - COMO O EMPREENDEDORISMO MUDOU NOS ÚLTIMOS 30 ANOS
 Pequenas Empresas & Grandes Negócio Publicou uma notícia no dia:06/12/18 12:25:13

COMO O EMPREENDEDORISMO MUDOU NOS ÚLTIMOS 30 ANOS


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Para comemorar os 30 anos de vida de Pequenas Empresas & Grandes Negócios, uma mesa de conversa foi realizada nesta edição do Festival de Inovação e Cultura Empreendedora (FICE 2018), evento realizado em conjunto por Pequenas Empresas & Grandes NegóciosÉpoca NEGÓCIOS e Valor Econômico. Junto a Sandra Boccia, diretora de redação de PEGN e Época NEGÓCIOS, estiveram três empreendedores que estamparam capas campeãs de vendas da revista. Eles eram Daniel Wjuniski, fundador do Minha Vida, Robinson Shiba, sócio-fundador do Grupo TrendFoods, e Thadeu Diz, cofundador da Zee.Dog.

A mesa contava com outro pioneiro em seu setor. Quando Thadeu começou com a Zee.Dog, o mercado pet era sinônimo de pet shops. E apenas isso. Na capa de PEGN, Thadeu Diz posou com seu próprio cachorro. “Não era ator”, brinca o empreendedor. “Depois daquela capa, recebi mensagens de pessoas que disseram que a matéria as inspirou para montar seu negócio”, conta. “Como empreendedor temos quase uma obrigação de inspirar as pessoas.”Robinson Shiba, que está à frente das marcas China in Box e Gendai, contou que era leitor da revista antes mesmo de empreender. Ele analisou a mudança no perfil do empreendedor entre o começo de seu negócio, no início da década de 90, e hoje. “O empreendedor vem muito mais preparado para o mercado de franquias. Ele entende seu negócio e faz pesquisas na internet antes”, diz Shiba. “Não melhorou ou piorou. Antes, era um perfil mais regrado, seguia as diretrizes da franquia. Hoje, antes de entrar, ele já quer mudar, vem cheio de ideias.”

Daniel Wjuniski, fundador do Minha Vida, também vê diferenças entre o começo de sua startup e o ecossistema atual de inovação. “Hoje, empreender é mais fácil. Você tem acesso a dinheiro e a pessoas”, analisa. “Antes, ninguém sairia de uma multinacional. Hoje, tem lista de gente que sairia de uma multinacional para ir para uma startup.”

Para que suas empresas sobrevivessem por tanto tempo, esses empreendedores precisaram estar atentos a mudanças no mercado. “Sempre olhamos tendências e como o mercado ia mudando. Começamos sendo canal de saúde de grandes portais brasileiros”, conta Daniel Wjuniski. “Percebemos que os portais deixariam de ser a primeira tela do usuário. Depois, passamos para uma estratégia de Google. Fomos muitas empresas em uma só.”

Robinson Shiba, sócio-fundador do Grupo TrendFoods, afirma que sua empresa fica de olho em mudanças no comportamento do consumidor por meio de pesquisas anuais. “Existe essa tendência na busca por alimentos mais saudáveis. Escutamos isso e oferecemos menos teor de sódio e de gordura. Alteramos até mesmo a forma de cocção. Antes fazíamos com woks e, em alguns casos, substituímos por fornos, que até geram uma economia e queda nos custos iniciais de uma franquia.”

Além das mudanças internas, é preciso também a reciclagem no conhecimento dos empreendedores. A rotina dura de trabalho pode impossibilitar a dedicação para cursos ou MBAs. “Minha sala de aula é um podcast no ouvido quase que o dia todo”, compartilhou Thadeu Diz, cofundador da Zee.Dog. “Também é o Kindle que está comigo neste momento. Já li livros em viagens que mudaram os meus negócios.”