Notícia - “O RIO TEM TRADIÇÃO MUITO FORTE NA INDÚSTRIA CRIATIVA", DIZ CEO DA FÁBRICA DE STARTUPS
 08/02/19 11:29:30

“O RIO TEM TRADIÇÃO MUITO FORTE NA INDÚSTRIA CRIATIVA", DIZ CEO DA FÁBRICA DE STARTUPS


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A visão do edifício impressiona. Os 21 andares espelhados do luxuoso Aqwa Corporate oferecem uma impressão futurista, que contrasta tanto com a bela natureza local — a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar — quanto com o entorno, ainda vazio, da área portuária do Rio de Janeiro, na região conhecida como Porto Maravilha.

É nesse prédio — projetado pelo arquiteto inglês Norman Foster — que funciona, desde o mês passado, a sede brasileira da Fábrica de Startups, aceleradora de origem portuguesa que já fomentou mais de 500 companhias na Europa. 

A versão Brasil da Fábrica de Startups é um investimento de R$ 5 milhões da aceleradora, criada em 2012. Focada no desenvolvimento de inovação voltada para grandes corporações, o projeto usa uma metodologia criada por seu fundador, António Lucena de Faria, professor titular da Universidade Católica de Lisboa com especialização em Harvard, nos Estados Unidos. Em seis anos, a operação acumulou casos de sucesso, como o do aplicativo de transporte urbano Cabify. Antes de chegar ao Brasil, a aceleradora se expandiu para a Ásia, a partir de Macau, região na China de forte influência portuguesa.

Chega ao país a unidade brasileira da Fábrica de Startups, projeto que já impulsionou mais de 500 companhias na Europa (Foto: Felipe Fitipaldi)

A Fábrica não investe diretamente nas startups que acelera, tampouco cobra para elas usufruírem de sua estrutura — com acesso a programas estratégicos, rede de mentores e parceiros de tecnologia, contabilidade, comunicação e advocacia. A receita vem das grandes empresas, conectadas aos empreendedores impulsionados.

As chamadas, feitas a partir do site, selecionam ideias e empresas com potencial, em diferentes estágios e setores. “O Rio tem tradição muito forte na indústria criativa. E dentro disso, a gente vê potencial em tecnologia, arquitetura, moda”, afirma Hector Gusmão, de 30 anos, CEO da aceleradora no Brasil.

“Sem falar no turismo, que na Fábrica de Portugal deu muitos frutos”. Na expectativa de Gusmão, em breve as empresas aceleradas responderão por vendas conjuntas de R$ 50 milhões por ano.

o auditório da Fábrica de Startups,  que pode receber 96 pessoas (Foto: Felipe Fitipaldi)

No primeiro dia de funcionamento, 12 de novembro, a unidade carioca recebeu 60 pessoas, vindas de 12 startups. O espaço tem capacidade para abrigar até 250 empreendedores — sem contar o auditório, para 96 pessoas, a sala de aula, onde cabem 52 alunos, e o estúdio para produção de conteúdo. A meta é acelerar 130 startups por ano, com o apoio de dez grandes empresas de diferentes mercados. Cinco já foram anunciadas: Embratel, a investidora de imóveis Tishman Speyer, a construtora Athié Wohnrath, a administradora de shoppings Aliansce e a Sistac, de manutenção de plataformas marítimas.