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REVENDER CELULARES USADOS RENDEU R$ 2,5 MILHÕES PARA ESSA EMPRESA
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Danilo Martins trabalhava em uma seguradora quando percebeu uma oportunidade: vender celulares de última geração usados por um preço mais baixo.
Com os valores dos smartphones subindo cada dia mais, ele e seu sócio Anderson Takara decidiram abrir a Yesfurbe. O negócio é um marketplace que adquire celulares usados e os “reforma” para serem vendidos novamente. De acordo com Martins, os aparelhos passam por um “processo de recondicionamento” que avalia tanto quesitos técnicos quando estéticos.
O projeto dos empreendedores só saiu do papel depois de muito planejamento. Para os dois, era importante que o primeiro passo do negócio fosse bem estruturado. Além disso, a Yesfurbe só se tornou possível com a ajuda de Lucas e Pablo Linhares. Os dois são os sócios a frente do Grupo PLL.
Depois de meses estudando local, pesquisando nicho de mercado e avaliando custos, os irmãos Linhares, Takara e Martins investiram R$ 3 milhões para iniciar as operações. Eles avaliam que em um ano terão o retorno deste investimento. Em 2018, o faturamento foi de R$ 2,5 milhões.
Além do investimento, a parceria com a PLL ajudou em questões técnicas do processo. O grupo é uma companhia de assistência técnica que já tinha o conhecimento necessário para o “recondicionamento” dos celulares.
Essa parceria se firmou desde o início do projeto, tornando possível que a Yesfurbe tivesse um laboratório próprio. A PLL é quem fornece as peças dos smartphones. Para Martins, isso também permite que eles tenham um controle de qualidade mais rigoroso. Em um ano de empresa, eles afirmam ter reparado 3.800 aparelhos.
Quando, por exemplo, alguém decide vender um celular com a empresa, ela precisa enviar o aparelho para o laboratório. Lá, acontece uma avaliação com base em três categorias: bom, trincado ou defeituoso. Só depois de corrigir as possíveis irregularidades é que o smartphone entra no estoque para ser vendido.
Um exemplo é um aparelho da Samsung lançado em 2015, com pequenos sinais de uso. Na Yesfurbe, o celular sai por R$ 1.300, enquanto um aparelho novo custa R$ 2 mil a mais nos principais marketplaces do mercado.
Outro ponto importante para eles é a questão logística. Por isso, decidiram não abrir a empresa em São Paulo, capital, e sim no bairro de Alphaville, no município de Santana de Parnaíba.
Além do incentivo fiscal, conseguiram montar o laboratório e escritório em um só local, tornando o processo mais rápido e simples. Martins diz que isso só foi possível por conta da cultura de startup dos dois, que buscam trabalhar com menos burocracia, mais tecnologia e foco na operação.
Atualmente, a maior parcela de vendas da Yesfurbe (cerca de 70%), vem de marketplaces parceiros, como B2W e Amazon.
Agora, a companhia trabalha para fortalecer a marca e o nome no mercado. Eles pretendem fazer isso com conteúdo em blogs, presença nas redes sociais e divulgação de anúncios pagos da internet.