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COMO ESSA EMPRESA FAMILIAR SE REINVENTOU PARA FATURAR R$ 4 MILHÕES VENDENDO FLORES
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Edson Tamada, 55, não tem dúvidas: a vida na lavoura não é simples. Ele sabe do que fala. É o empresário por trás da Tamada Plug Plant, uma empresa de flores com mais de 45 funcionários e que chega a sua segunda geração.
Em entrevista a PEGN, Tamada fala sobre a história de sua família e sobre o futuro do negócio.Ao longo dos anos, viu o negócio passar por uma série de dificuldades. O segredo para se manter vivo - e crescendo - foi trabalhar e se reinventar sempre que necessário. Deu certo. Por ano, vê o negócio faturando R$ 4 milhões por ano.
Confira, abaixo, o depoimento:
"A empresa que eu e minha mulher comandamos hoje tem uma forte ligação com as atividades que meus avós vieram desenvolver no Brasil na década de 20. Eles se instalaram em Arujá, na região metropolitana de São Paulo, e sobreviveram durante muito tempo plantando verduras, legumes e frutas. Mas a vida na lavoura não é simples. Volta e meia alguma praga ou intempérie destruía tudo e era preciso recomeçar praticamente do zero. Para tentar mudar de vida, a segunda geração da família, liderada pelo meu pai e meu tio, passou a cultivar flores. Lembro bem dessa época, porque já era quase adolescente e também gostava de produzir minhas próprias mudas. Teve cravo, depois begônia, violeta, samambaia. Foi uma época de prosperidade: meu pai e meu tio contrataram funcionários e vendedores. Na hora de escolher o que cursar na faculdade, decidi fazer agronomia, porque gostava da vida no campo. Depois de me formar, consegui uma bolsa para estudar e trabalhar no Japão, onde entrei em contato com as técnicas mais avançadas para a reprodução de plantas. De volta ao Brasil, decidi usar esses conhecimentos no negócio da família. Foi nessa época, no final dos anos 90, que passamos a vender mudas para produtores profissionais de plantas, o que acelerou o crescimento da Tamada. Há cinco anos, atravessamos um momento difícil: uma parceria que havíamos feito com uma empresa americana de sementes, que nos garantia uma receita recorrente, foi encerrada. Assim como meus antepassados na lavoura, que volta e meia eram obrigados a reinventar o negócio, tivemos de fazer o mesmo. Parte da estrutura que tínhamos foi vendida para essa empresa. Conseguimos virar o jogo, ajustando as operações e nos dedicando ainda mais à produção de mudas. Hoje, temos 45 funcionários e faturamos R$ 4 milhões por ano. A empresa continua familiar. Meu pai, aos 89 anos, ainda trabalha todos os dias, produzindo nossas mudas de orquídeas.”