Notícia - EVENTOS COM MÁGICAS EM EMPRESAS RENDEM R$ 1 MILHÃO PARA EMPRESÁRIOS
 04/12/18 11:51:36

EVENTOS COM MÁGICAS EM EMPRESAS RENDEM R$ 1 MILHÃO PARA EMPRESÁRIOS


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Empreendedores têm, como uma de suas principais características, encontrar oportunidades de negócio em setores que passam longe dos tradicionais. Foi assim com os mineiros Klauss Durães, 26, e Henry Vargas, 26. Nascidos em Belo Horizonte, ambos compartilham histórias muito parecidas – e curiosas, no mínimo.

São mágicos e empresários bem-sucedidos. Fundaram em 2009 a Ilusion, agência que organiza projetos de ilusionismo para o mundo corporativo. Por ano, realizam cerca de 120 projetos. Em 2018, devem faturar R$ 1 milhão.


Durães e Vargas, ambos nascidos em Belo Horizonte, capital mineira, passaram grande parte de sua infância estudando sobre mágica e ilusionismo. “Na época, aprendíamos tudo com livros e parcerias com as associações de mágicos locais. Não era fácil como hoje em dia”, diz Durães.Só que antes do empreendedorismo, veio a mágica. Desde crianças, os dois são apaixonados pela “arte paralela”, como gostam de chamar.

Mágicos se apresentam para clientes corporativos (Foto: Divulgação)

Como muitos praticantes, os dois começaram a se apresentar cedo. Com apenas 10 anos de idade, Vargas já realizava pequenos eventos. Durães começou a carreira aos 15. Ao longo dos anos, os dois começaram a participar de competições de mágica – já ganhando algum destaque. Antes mesmo da maioridade, foram premiados diversas vezes, o que atraiu a atenção de empresários e grupos de artistas.

Durães compara o mundo da mágica ao do futebol, com “olheiros” e “times”. “É muito parecido. Quando você entra para um grupo, começa a competir em vários campeonatos”, diz. Foi assim que começaram a viajar o mundo. “O Brasil não investe tanto no ilusionismo, mas fora daqui é muito forte.”

Os primeiros países visitados foram os vizinhos, da América Latina. Com o tempo, alçaram voos mais longos, conhecendo locais como Estados Unidos – Las Vegas é um dos principais polos de mágica do mundo –, Europa Ásia. “A China está investindo muito dinheiro na mágica. É impressionante”, afirma Durães.

Oportunidades no Brasil

Ilusionistas fazem palestras motivacionais e apresentações de produtos  (Foto: Divulgação)

Com tantas viagens, os dois perceberam que sentiam falta de trabalhos no Brasil. E mais: notaram a falta de profissionalização da mágica e do ilusionismo no país. Decidiram, então, unir a vontade de viver na terra natal com o sonho de ganhar dinheiro com a mágica. Juntos, tiraram do papel a Ilusion.

No seu início, a empresa se tornou uma “agência”, responsável pela contratação dos serviços dos dois ilusionistas para eventos sociais, como festas e apresentações individuais. Só que a proposta inicial dos mágicos – e agora empresários – era outra: eles queriam levar o ilusionismo para dentro das grandes corporações.

Sabendo disso, mudaram a estratégia e se capacitaram para transformar o serviço em uma ferramenta de marketing. “Foi um processo espontâneo. Entendemos que a mágica poderia servir como uma ferramenta de comunicação dentro das empresas”, diz Durães.

Os dois ilusionistas começaram ainda crianças com as apresentações de mágica (Foto: Divulgação)

Misturando coach e mágica, desenvolveram novos produtos com foco exclusivo no mundo corporativo. A empresa alia ilusionismo com palestras motivacionais, treinamentos e até lançamentos de produtos. A Ilusion recebe o briefing dos clientes, personaliza a solução e entrega em um evento com os funcionários.

E o negócio deu certo. No portfólio de clientes, estão empresas do porte do Grupo Ultra (dos Postos Ipiranga), Chevrolet, Oi, Aurora Alimentos e Bayer. Nesta última, já realizou lançamentos de produtos e confraternizações de fim de ano.

Os projetos variam de R$ 20 mil a R$ 60 mil. Um dos diferenciais da companhia é o uso de tecnologia, como hologramas. Os dois ilusionistas são especialistas neste segmento da mágica.

Por ano, realizam cerca de 120 eventos, o que rendeu um faturamento de R$ 700 mil para Ilusion em 2017. Este ano, esperam faturar R$ 1 milhão. “Descobrimos que o nosso negócio não é mágica, é comunicação.”