06/12/18 12:27:08
TECNOLOGIA DE PONTA É PEÇA-CHAVE PARA AUMENTAR PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS
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Um dos cenários mais alarmantes para os negócios no Brasil não é o dado, já bastante divulgado, de que 25% das empresas criadas no país deixam de existir depois de dois anos. Para o Marcelo Lombardo, fundador da Omie, empresa de software de gestão em nuvem para pequenas empresas, o principal ponto de atenção é que mais da metade das empresas no país não prospera. "O problema número 1 no Brasil é que as nossas pequenas e médias empresas (PMEs) não crescem", afirmou nesta quarta-feira (05/12) durante sua palestra no Festival de Inovação e Cultura Empreendedora (FICE), realizado por Época NEGÓCIOS, Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Valor Econômico.
Os resultados financeiros que não atingem seu pleno potencial estão diretamente ligados à produtividade das empresas. "A produtividade é sinônimo de prosperidade. Significa pessoas mais bem equipadas e preparadas", diz.
No entanto, uma mentalidade bastante difundida entre as PMEs acaba impondo barreiras ao crescimento, segundo ele. Um "mantra" para as empresas desse porte dita que tecnologias de ponta custam muito e são só para grandes organizações – o que não é mais verdadeiro, uma vez que os custos para investimentos dessa natureza tiveram queda significativa nos últimos anos, de acordo com Lombardo. "Os equipamentos e a tecnologia são fundamentais para a produtividade e precisam ser de última geração", diz. Ele destaca ainda que, quando as contas são feitas, "é possível perceber que os investimentos se pagam em um tempo muito mais rápido do que as empresas imaginam".
Outra dica de Lombardo para que as empresas aumentem sua produtividade é o foco em "ensinar o contexto, não a regra". "Isso encurta os treinamentos e aumenta a absorção. É muito melhor do que apresentar manuais de normas, que tornam os funcionários apenas executores de tarefas".
Em relação aos software, Lombardo identifica que há uma mudança de paradigma em curso. "O design antes era pensado em ser simples, intuitivo e econômico – isso está velho", afirma. O novo paradigma é pensar em ferramentas que "façam o usuário não executar determinada tarefa", tornando as soluções mais produtivas. "Não se contente com tecnologias que não sejam autônomas", afirma Lombardo.