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ELE CRIOU UMA REDE SOCIAL PARA APAIXONADOS POR CAFÉ
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O café é uma paixão mundial. Seu gosto, cheiro e poder estimulante fazem com que apenas a água seja mais consumida que o café no planeta. E o Brasil, por sua vez, tem uma relação ainda mais particular com a iguaria: somos os maiores produtores do grão.
Romano é fã de carteirinha da Starbucks. Segundo ele, a rede de cafeterias foi inovadora ao se transformar na “segunda casa” dos seus clientes, um lugar em que é possível se divertir e trabalhar com conforto.Também em solo tupiniquim, um empreendedor quer levar a paixão pelo café a outro patamar. Ele é Nicolas Romano, que se associou a outros três empresários – Fernando Epelman, Henrique Emidio e Angel Rassi – para criar a The Coffee Match, uma “rede social” para amantes do café.
A inspiração para o empreendimento surgiu, inclusive, em uma Starbucks. “Entrei em uma unidade da rede em Nova York e comecei a pensar em uma maneira de empreender no mercado do café”, afirma ele.
O negócio surgiu em 2016, mas não fazia o que a The Coffee Match faz hoje. A empresa surgiu como uma plataforma de networking semelhante ao Tinder. Usuários podiam criar um perfil baseado em suas características profissionais e também cadastrar suas ideias de negócio. Se houvesse um “match” com pessoas com interesses afins, cafeterias parceiras seriam o local do primeiro encontro.
A startup ia bem. No entanto, Romano e seus sócios decidiram mudar os rumos do projeto – “pivotar” o negócio, no linguajar do empreendedorismo. “Conforme o tempo foi passando, fomos nos aproximando das cafeterias e dos amantes do café. Vimos que não havia nenhuma rede que conectasse esse mercado e que fazer essa ‘ponte’ seria uma oportunidade ainda maior”, diz. Com isso em mente, no fim de 2017 a The Coffee Match virou o que é agora.
O público-alvo da The Coffee Match são pessoas que buscam cafés especiais de alta qualidade. Elas fazem parte de um grupo batizado pela startup de “coffee lovers” (ou apaixonados por café). “No Brasil, aumenta a busca das pessoas por cafés de qualidade, feitos por empresas que rastreiam toda a sua cadeia produtiva e estimulam o consumo consciente. A ‘gourmetização’ que houve com o vinho e a cerveja hoje ocorre no mercado de cafés”, afirma Romano.
Por outro lado, as cafeterias que oferecem produtos com as características buscadas pelos “coffee lovers” estão em busca de clientes para aumentar seu faturamento. A The Coffee Match estima que 200 estabelecimentos atendem tais requisitos no Brasil, mas que o número é crescente. Deste total, 30 cafeterias são clientes do app. “Nossa missão é conectar os amantes do café a essas cafeterias, trazendo benefícios a ambas as partes”, diz o cofundador da empresa.
Ao acessar o aplicativo da startup, disponível para dispositivos com sistemas Android e iOS, o usuário poderá conhecer cafeterias de alto padrão. A The Coffee Match também permite que a “indústria do café” ofereça cursos e promova eventos para os apaixonados pela bebida. Também é possível conferir conteúdos sobre café.
Para as empresas, por sua vez, surge a oportunidade de atrair novos clientes, fidelizá-los e também faturar com cursos para os clientes. O app também reserva um espaço para pequenos produtores de café divulgarem seus serviços. A The Coffee Match ganha dinheiro por meio destes anúncios e também por meio do pagamento das cafeterias parceiras.
A The Coffee Match não revela faturamento por questões estratégias – segundo Romano, a startup está buscando investimentos externos e falar o quanto ganha pode atrapalhar as negociações. Ele afirma, entretanto, que a empresa opera “no azul”.
No futuro, Romano pensa em internacionalizar a The Coffee Match. Ele afirma que já tem representantes trabalhando nessa expansão em cidades como Buenos Aires, na Argentina, Nova York, nos Estados Unidos, e Londres, no Reino Unido.
A empresa também quer colocar no aplicativo um programa de recompensa para os usuários e um clube de compras coletivas. “Queremos criar uma maneira de baratear o custo das cafeterias”, diz Romano. A empresa também planeja organizar viagens turísticas e trabalhar em parcerias com influenciadores digitais para tornar seu serviço mais popular.