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DE PAI PARA FILHO: COMO ESTA SORVETERIA FAMILIAR MUDOU PARA FATURAR R$ 35 MILHÕES
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Não faltam pessoas que afirmam nascer com vocação para empreender. A história de Thiago Ramalho, de Maringá (PR), é prova de que isso pode ser real – em um nível impressionante. Isso, porque o jovem literalmente “nasceu” dentro da soverteria de seu pai, Luiz Antônio Cândido Ramalho, já que a mãe, Adriana Cabestre Ramalho, viu a bolsa estourar no caixa do empreendimento.
Desde então, não cortou o elo com a marca. Pelo contrário, só apostou suas fichas na Gela Boca, trabalhando desde os 10 anos com a família. Aos 29, assumiu a operação da companha – e a transformou em uma rede com 51 unidades, que fatura R$ 35 milhões ao ano.
A trajetória, entretanto, não foi fácil. Para sustentar o projeto, Ramalho viu os pais abrirem mão de muitos bens. “Eu, minha irmã e meu irmão vimos televisão, videogame e tantos outros produtos serem vendidos para que o negócio pudesse seguir de pé.”, diz o jovem de família “sorveteira”.
“Ainda bebê, eu ficava dormindo no colchão dentro do balcão de atendimento”, diz. Mais velho, por falta de dinheiro para contratar funcionários, já atendia os clientes. Saía da escola e trabalhava diariamente. Fim de semana e férias? Mais oportunidades de ajudar. “Com 15 anos eu já fechava o caixa”, afirma.
Na época do vestibular, Ramalho até chegou a se matricular em uma universidade, mas logo no início percebeu que não daria conta de tudo ao mesmo tempo. “A sorveteria estava bombando e eu precisava focar totalmente nela. Foi um baque para os meus pais, que queriam me ver formado.”
Mesmo assim, não parou de estudar. Tanto que tomou o negócio para si, cuidando de toda a gestão da companhia. Na sua visão, era hora de aproveitar o sucesso para expandir. Seu pai tinha receio do crescimento, mas embarcou na ideia do filho. A empresa estava crescendo regionalmente, com sete lojas operando, até Ramalho ouvir uma proposta de negócio.
Ouviu de um cliente, pela primeira vez, o interesse de comprar uma unidade da Gela Boca. Isso abriu as portas do mercados de franquias. Durante um ano, estudou, desenvolveu os manuais e formatou o negócio. “Meu pai ficou com medo, mas era hora da marca regional ganhar um tamanho maior.”
Lançou o modelo e começou a expansão. Ramalho diz que o negócio funciona como um “supermercado” de sorvetes. Muito por conta do modelo, que vende picolés a sorvetes de massa, que chegam aos 2 kg.
Deu certo: a empresa cresceu em um raio de 200 km da região de Maringá. Hoje, já são 51 lojas operando e mais seis para serem abertas até junho de 2019. A meta é levar o negócio para o interior de São Paulo e a região de Foz do Iguaçu.
Para dar conta disso, a empresa inaugurou, este ano, uma nova fábrica na cidade natal do empresário. Além disso, pretende investir em centros de distribuição à medida que as novas regiões ganharem mais unidades.