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COMO ELE CRIOU UM DOS PRINCIPAIS CANAIS DE HUMOR DO PAÍS
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Faz seis meses que Muca Muriçoca, 38 anos, não faz nenhuma campanha no Facebook. “Ninguém mais pede posts no Face. O que todos querem é aparecer bem no Instagram”, diz o influenciador de São Caetano do Sul (SP).
Ele atribui sua popularidade ao fato de ter encontrado um nicho próprio na rede. “Na época em que comecei, em 2012, o programa Pânico era um sucesso na TV, mas ninguém fazia nada parecido com aquilo na internet. Eu abracei a ideia e comecei a fazer entrevistas com humor. Mas dentro da minha temática, que são os games e a cultura nerd.”
Como é comum nesse segmento, Muriçoca passou dois anos sem ganhar nada. “Quando começou a entrar dinheiro, eram valores pequenos, na casa dos R$ 500 por campanha. Leva tempo para lucrar no Instagram.”
Alguns anos e milhares de seguidores depois, ele cobra entre R$ 2 mil e R$ 30 mil por uma ação — mas já chegou a faturar R$ 60 mil com um único post. Uma das campanhas mais recentes foi um pacote de stories para a cerveja Proibida, na época da Copa do Mundo.
Um fator decisivo para aumentar o alcance de Muriçoca foram as “colabs”. É um recurso comum entre os influenciadores: dois famosos postam uma foto juntos e cada um indica o perfil do outro para seus próprios seguidores.
“Cada vez que posto uma foto com o Júlio Cocielo [11,4 milhões de fãs], eu chego a ganhar 4 mil seguidores”, afirma. “Mas tem de ser um amigo de verdade. Se for forçado, não funciona.”