Notícia - IRMÃS CRIAM EMPRESA PARA LEVAR ALIMENTOS ORGÂNICOS PARA TODO O BRASIL
 09/01/19 16:49:11

IRMÃS CRIAM EMPRESA PARA LEVAR ALIMENTOS ORGÂNICOS PARA TODO O BRASIL


Imagem:


As irmãs e empreendedoras cearenses Priscilla e Débora Veras, da Muda Meu Mundo, trabalham para popularizar o consumo de alimentos livres de agrotóxicos. Confira um depoimento de Priscilla sobre o negócio. 

“Eu tinha uma carreira bem-sucedida como pedagoga em ONGs, e gostava do que fazia. Mas comecei a achar que havia uma oportunidade de negócio envolvendo um assunto que me preocupava muito, principalmente depois que meu filho nasceu: alimentação saudável.

Sempre procurei alimentos orgânicos para minha família, e me chateava constatar que, por serem tão caros no supermercado, os vegetais livres de agrotóxicos eram acessíveis a poucos. E se fosse possível levá-los a mais gente, por um valor mais baixo?

Em 2016, deixei meu emprego para estudar um modelo de negócio que permitisse resolver essa equação. Foi quando abri em Fortaleza, como MEI, a Muda Meu Mundo, com a missão de democratizar o acesso à alimentação livre — de agrotóxicos, de transgênicos e de exploração da mão de obra.

Desenvolvi uma metodologia de capacitação para que os agricultores familiares consigam ampliar a produção de orgânicos. Além disso, montei uma rede de produtores no Ceará que eu mesma certifiquei, e passei a escoar a produção deles em feiras semanais. Do preço pago pelos consumidores em cada pé de alface ou maço de couve, 60% vai direto para o agricultor e 40% banca os meus custos.

Empreendedores do MEI - Priscilla Veras, 36 anos, e Déborah Veras, 33 Empresa: Muda Meu Mundo (CE) (Foto:   Igor de Melo)

Começar como MEI foi uma boa escolha: gastando pouco, pude avaliar se o negócio vingaria. O sucesso foi grande — tanto que, em menos de dois anos, o faturamento da Muda Meu Mundo ultrapassou o limite do programa. A empresa ganhou ainda o prêmio LAC Young Entrepreneur of the Year, promovido pela YBI — Youth Business International.

Em agosto deste ano, virei uma microempresa, e chamei minha irmã Déborah, que havia me ajudado desde o início, a tomar parte no negócio. Hoje, temos 250 agricultores cadastrados. Todos os sábados, vendemos uma tonelada de alimentos produzidos por eles. Nosso próximo passo é aumentar a escala.”