O Movimento Passe Livre, grupo conhecido por ter organizado os protestos contra o aumento da tarifa do transporte público em junho de 2013, realiza nesta quinta-feira 10 um ato contra a decisão do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e do governador do estado, João Doria (PSDB), de elevar os custos das passagens de 4,00 reais para 4,30 reais. O aumento dos ônibus já está valendo e o do metrô será reajustado no domingo 13.

Segundo a Polícia Militar, a estimativa é que cerca de 2.500 pessoas compareciam ao ato, reunido a partir da praça Ramos de Azevedo, no Centro, por volta das 19h. Houve um princípio de desentendimento, após uma manifestante ser revista e encaminhada à delegacia, mas o conflito foi contido. As lojas no entorno estão fechadas.

Há tensão entre policiais e integrantes do movimento, com divergências sobre o destino do protesto – os manifestantes queriam se dirigir a Avenida Paulista, enquanto a corporação buscava destinar o grupo para a Praça Roosevelt. Neste momento, como solução intermediária, surge a possibilidade de o protesto terminar na rua Coronel José Eusébio, em Higienópolis.

Os organizadores do protesto demandaram o direito de carregar hastes, mas os policiais exigiram, como contrapartida, a retirada pacífica de máscaras. Manifestantes mais à frente, próximos aos representantes que fazem a negociação, atenderam o pedido, mas as forças de segurança se queixam de que o acordado ainda não foi cumprido.