Notícia - Setor de beleza prevê crescimento em 2018, mas se mantém cauteloso
 24/04/18 20:51:49

Setor de beleza prevê crescimento em 2018, mas se mantém cauteloso


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O mercado brasileiro de produtos de beleza projeta um crescimento nominal de 7,5% no faturamento em 2018 sobre este ano, para R$ 118,2 bilhões, impulsionado pela recuperação econômica. As categorias de perfumaria e cremes hidratantes devem continuar a ser destaque nas vendas. Mesmo assim, as líderes de mercado Natura e Boticário mostram-se cautelosas em suas perspectivas. "O mercado de cosméticos ainda não recuperou o desempenho de antes da crise, mas 2017 foi marcado por uma incipiente retomada. Continuamos a ver o cenário macroeconômico doméstico com cautela, enquanto o consumidor mantém um comportamento tímido, o que continua a representar um desafio", afirmou João Paulo Ferreira, presidente da Natura.

Segundo ele, a queda da taxa básica de juros (Selic), a melhora nas condições de crédito e a redução da inflação estão influenciando positivamente a disponibilidade de renda da população. Por enquanto, porém, a empresa ainda não notou mudança estrutural, apesar de os indicadores mostrarem uma evolução. Segundo João Carlos Basilio, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o crescimento real em 2017 ficará entre 1,5% e 2,5%. "Tivemos um início de ano difícil, mas que foi evoluindo, acompanhando os indicadores econômicos. Normalmente, o setor tem desempenho acima do PIB."

 

 

No acumulado do ano até outubro, as categorias de desodorantes e sabonetes tiveram o pior resultado, considerando as vendas em valor ao consumidor, com quedas de 6,94% e 3,01%, respectivamente. Houve reflexo da concorrência maior entre as marcas e das promoções do tipo "leve três e pague dois" feitas pelas fabricantes nas lojas. O cenário é positivo para 2018, apesar de as eleições causarem certa apreensão no setor. "Ao contrário do que indicam as pesquisas mais recentes, nós acreditamos que os consumidores voltarão a comprar as marcas que usavam antes da crise. A inflação mais baixa beneficiará a economia do país", afirmou Basilio.