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Grandes empresas dão adeus ao diploma universitário; o que precisa agora?
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“Buscamos jovens aguerridos que tenham sangue no olho e se encaixem na cultura da empresa”, diz a vaga de emprego de uma grande empresa no Brasil para o cargo de trainee. Na descrição, ela pede “diploma universitário com formação até dois anos atrás”, mas está aberta a qualquer que seja a especialização do candidato, seja ela em jornalismo, letras, engenharia ou turismo, todos podem se candidatar. O importante? Sangue no olho e fit cultural.
Isso é uma prova de que o currículo padrão do candidato está mudando – as grandes empresas não olham mais para as conquistas passadas, olham para o quanto eles podem se encaixar na cultura dela e aprender a trilhar seus caminhos lá dentro. Aliás, falando em prova, a primeira deste processo de trainee mencionado no primeiro parágrafo é para avaliar o fit cultural do candidato com a grande empresa.
Tudo bem, essa grande empresa ainda não deu o passo de abolir a exigência de um diploma universitário. Mas ao pedir para o candidato qualquer diploma, a verdade é que ele age apenas como uma espécie de primeiro filtro, eliminando de cara milhões de possíveis candidatos e fazendo o processo seletivo ser menor e mais fácil de processar.
Muitas profissões debatem a real necessidade de diploma universitário no exercício das mesmas – no campo do jornalismo, por exemplo, isso vai e volta de Brasília, criam-se polêmicas e discussões imensas entre todos os grupos envolvidos (sindicato, universidades, grupos patronais, todos...). E a conclusão nunca chega. Faz parte deste processo de mudanças da sociedade.
O que é relevante hoje? Para muitas empresas, a capacidade do candidato de aprender e continuar aprendendo constantemente e se adaptar às condições da empresa. Companhias como Google e Apple já não exigem mais diploma e outras grandes empresas estão cada vez mais relevando-os para segundo plano, assumindo outras competências e qualidades para determinar quem são os bons candidatos.
Isso não quer dizer que o diploma universitário não esteja ainda em voga no Brasil – milhares de empresas o exigem e o levam em conta como o principal fator para determinar o potencial do candidato. Mesmo nas grandes empresas, entre um candidato com diploma universitário e um candidato sem, quem fez a faculdade já parte com uma vantagem. E desistir de fazer universidade para ficar em casa dormindo depõe fortemente contra você (agora, se você desistiu da faculdade por um motivo VÁLIDO, maior parte dos empregadores não vai te julgar).
O que acontece hoje é que a educação superior não é mais suficiente. Google e Apple não são empresas bobas, o que significa que elas não estão se nivelando por baixo ao deixar de exigir o diploma. Estão, apenas, exigindo outras dezenas de qualidades. Como o comprometimento dos funcionários de continuar aprendendo e se desenvolvendo.
As empresas entendem que as pessoas precisam ser adaptáveis e abraçam, cada vez mais, o conceito de life-long learning para seus funcionários – ou seja, você precisa, ao longo de todo uma vida, continuar aprendendo e melhorando seus conhecimentos para ser um profissional melhor.
Por isso, essas empresas costumam investir pesadamente no desenvolvimento pessoal depois que os funcionários são contratados. Eles continuam crescendo depois de contratados, sempre se aprimorando. As empresas entendem que o principal ativo delas é o pessoal – é o time que constrói a companhia e garantem o seu desenvolvimento e sobrevivência.
E estar inserido na cultura da empresa é fundamental. As empresas formam ideologias para garantir seu funcionamento mesmo após as pessoas chave deixarem a companhia, então é mais crucial do que nunca que um dos fatores para contratação seja o fit cultural.
O RH está se adaptando
Um dos pontos desse movimento é que os RHs das grandes empresas precisam se adaptar para essa realidade, ou deverão enfrentar grandes problemas em um futuro próximo. Mudança de lógicas assim são significativas e devem ser enfrentadas com conhecimento e estudo.
A avaliação de um candidato para a cultura da companhia. A gestão mudou e o recrutamento também. Vamos falar disso em um evento exclusivo em São Paulo, chamado RH Day – O Futuro do Trabalho e da Gestão. Confira a programação e garanta já sua participação através deste site.