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Mobile, Cloud e Analytics: as tecnologias que estão desenhando o RH do futuro
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Há 18 anos na Accenture, empresa global de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, Guilherme Portugal, diretor de talent & organization da companhia, viu muita coisa mudar, principalmente no setor de RH. Atuando na transformação da área e na mudança organizacional da empresa, o foco do executivo sempre foi fazer com que o setor estivesse mais próximo do negócio em uma companhia que sempre foi direcionada à tecnologia.
“Hoje, faço parte de um grupo global da Accenture, onde criamos um networking de especialistas em transformação do setor. O objetivo é compreender as mudanças atuais e ajudar nossos clientes a entender esse novo RH”, explica Portugal. Mas o que mudou nos últimos anos? Segundo o executivo, o acesso à tecnologia foi facilitado. “Há dez anos não tínhamos muitas opções e o custo de implementação era bem mais alto. Hoje, já existem muitas soluções e inovações”, ressalta.
Tecnologia e RH caminham juntos
Desenvolver todas as tarefas operacionais pode tornar o RH muito mais operacional e pouco estratégico - o que é ruim para qualquer empresa. Ao investir em tecnologia as companhias ganham agilidade e mais tempo para planejar melhorias na área e gerenciar os processos internos e resultados. Diante disso, grandes empresas passaram a adotar novas tecnologias nos processos de recursos humanos.
Na Accenture não foi diferente. Segundo Portugal, a companhia já utiliza soluções de Cloud e Analytics para dar inteligência às informações do RH e procura se aproximar de startups do setor. “Isso nos dá muito mais acesso e condições para implementar tecnologia à um custo razoável. São ferramentas que ajudam a atingir objetivos, estar mais próximos dos clientes e criar uma experiência melhor aos colaboradores”, ressalta.
Por onde começar?
O primeiro passo é entender o papel do RH de hoje, compreendendo como ele pode fazer da transformação digital um componente da sua força de trabalho. Também é importante definir estratégias para criar um novo ambiente de trabalho, trazer novas competências para a organização e criar uma cultura digital interna.
Segundo o executivo, há alguns caminhos para seguir. A companhia pode construir essas competências, treinando as pessoas dentro da organização; pode comprá-las, trazendo especialistas de mercado ou mesmo adquirindo algumas empresas para fazer parte do portfólio; “emprestar” essas competências, fazendo parceria com startups ou outras organizações; ou automatizar processos internos para que os colabores foquem em um novo modo de trabalhar.
“Aqui na Accenture passamos a oferecer aos funcionários ferramentas mobile para inserir uma cultura digital na companhia e facilitar alguns processos simples, como reserva de local de trabalho, relatórios de despesas, treinamentos, feedbacks e avaliações de performance”, ressalta.
RH do futuro
Para o executivo, durante os próximos anos, os processos repetitivos serão cada vez mais robotizados, dando espaço para que os colaboradores aprimorem outras competências e habilidades, como colaboração e inteligência emocional. “Acredito que um dos grandes desafios do RH será fazer essa requalificação das pessoas. Durante essa fase de transição, é importante estar atento às essas novas competências e usar a tecnologia a favor dessa transformação”, conclui.
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