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Criptomoeda “do varejo” quer promover nova relação entre consumidores e empresas
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Tecnologias disruptivas que não saem das discussões nas empresas – como blockchain e criptomoedas – muitas vezes ficam distantes demais do dia a dia dos consumidores. Para trazer essas inovações para os usuários, a startup brasileira WiBOO desenvolveu uma criptomoeda para o varejo – utilizando como inspiração programas de fidelidade.
De acordo com Alexandre, o consumidor terá a possibilidade de trocar um trabalho “muito valioso para o anunciante” pelas criptomoedas. “Parte da verba de marketing que a empresa coloca em rádio, televisão e jornais será destinada à plataforma para esse trabalho dos usuários”, afirma o CEO. A startup já conta com 75 parceiros de grande porte em setores variados, de redes de salões de beleza a restaurantes.A plataforma da criptomoeda Wibx terá dois públicos: anunciantes, que poderão ser tanto do varejo como da indústria, e consumidores finais. As empresas colocarão créditos na plataforma em forma de criptomoedas, oferecendo os usuários a oportunidade de serem remunerados ao compartilhar conteúdos, produtos, ofertas e campanhas em redes sociais. O usuário receberá um valor, também em criptomoedas, que poderá ser trocado por produtos, serviços e até mesmo dinheiro — ou outras criptomoedas — em empresas parceiras. “No uso, as pessoas nem irão perceber que nós utilizaremos todo esse tipo de tecnologia disruptiva”, diz o CEO da WiBOO, Pedro Alexandre.
O diferencial do projeto, segundo Alexandre, é que o usuário não terá de pagar nenhuma quantia para obter os pontos — diferentemente do que acontece em programas de fidelização mais tradicionais, como os de milhas.
A quantia em criptomoedas que os consumidores irão receber por compartilhamento será determinada por cada anunciante. No entanto, a plataforma utilizará inteligência artificial para analisar as movimentações e fornecer sugestões para as empresas. A possibilidade de trocar as criptomoedas por dinheiro nas exchanges é “a grande sacada de inclusão social e digital” do projeto, para Alexandre. “É uma possibilidade dentro dessa nova economia, desse novo modelo de ganhar dinheiro. A palavra-chave é descentralização. Com isso, é possível fazer esse movimento de inclusão, tornando a pessoa um micro influenciador dentro dessa cadeia toda de publicidade.”
Para evitar que o projeto “vire só especulação”, a plataforma terá um limite de três meses para que o consumidor utilize o valor acumulado em criptomoedas. Caso a troca por produtos, serviços ou dinheiro não seja feita nesse período, o valor será destinado a um fundo de “lucro social”. “Utilizaremos o valor em parceiros de causas sociais para comunidades. Isso porque a moeda tem que circular”, afirma o CEO.
Com dois sócios, investidores privados e uma equipe que hoje chega a 23 pessoas, a startup contou com um investimento de R$ 5 milhões para desenvolver o sistema. Em 1º de novembro, a Wibx abrirá sua oferta inicial de moeda (ICO), com duração prevista até 25 de fevereiro de 2019. A expectativa é vender 12 bilhões de unidades Wibx, que funcionarão como tokens de utilidade — e terão um preço de US$ 0,04. Alexandre afirma que, a partir de março, a moeda estará operando no mercado, já com anunciantes e parceiros.